31/10/2008

...blowin in the wind

thesoundofsilence






How many times must a man look up, Before he can see the sky? How many ears must one man have, Before he can hear people cry? The answer, my friend, is blowin' in the wind. The answer is blowin' in the wind.




How many roads must a man walk down before you call him a man?
How many seas must a white dove sail before she sleeps in the sand?
Yes and how many times must the cannon balls fly before they're forever banned?

The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

How many years can a mountain exist before it is washed to the sea?
Yes and how many years can some people exist before they're allowed to be free?
Yes and how many times can a man turn his head pretending that he just didn't see?

The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

Yes and how many times must a man look up before he can see the sky?

Yes and how many ears must one man have before he can hear people cry?
Yes and how many deaths will it take till he knows that too many people have died?

The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
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Fotografias de
James Nachtwey e Fouad Elkoury

27/10/2008

Rosália di Credo ou outro nome qualquer!

Sei que muitas vezes não temos paciência ou disponibilidade mental para ler, nos blogs, textos com mais de" meia dúzia de linhas". O conteúdo deste pequeno excerto do velho livro (li-o a 1ª vez em 85) DENIER DU RÊVE (título original) da Grande M.Y. neste momento faz-me todo o sentido, tem muito de significante da nossa sociedade e dos tempos que correm; a deturpação dos factos, a inveja, a mentira e o convencimento dela, a difamação, são ingredientes quotidianos que desviam o Homem da sua verdadeira essência e do propósito que lhe está conferido, não por destino mas por obrigação.
Quem tiver paciência...


Se tivessem pedido às vizinhas informações sobre Rosália di Credo, estas mulheres ter-se-iam
entendido para responder que esta solteirona era feia, que era avarenta, que cuidara com ternura da sua mãe inválida mas que deixara partir, sem uma palavra, o seu velho pai para um asilo, e que se travara de razões com a irmã Angiola a partir do instante em que esta se mostrara suficientemente hábil para encontrar um marido; finalmente, que morava em tal rua, em tal número, em tal casa de Roma.
Todas estas informações eram falsas: Rosália di Credo era bela, dessa beleza magra que só precisa, para se manifestar, do menos possível de carne. A fadiga, e não a idade, havia submetido os seus traços a esse lento desgaste que acaba por tornar humanas até mesmo as estátuas das igrejas; era avarenta, como todos aqueles que só têm dinheiro para uma única despesa e chama para um só amor. Detestava não a irmã mas o marido que lhe levara a irmã; o pai, e não a mãe, foram a grande paixão da sua infância; e morava em Gemara.

Testemunho do Sonho
(pág.36, edição Gallimard,1971)
Marguerite Yourcenar


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Egon Schiele image

21/10/2008

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BelaVistaa15Out08


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As palavras são meras sugestões que pensamos ou até sentimos.

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Quero a seguinte palavra: esplendidez, esplendidez é fruta na sua suculência, fruta sem tristeza. Quero lonjuras. Minha selvagem intuição de mim mesma. Mas o meu principal está sempre escondido. Sou implícita. E quando vou me explicitar perco a úmida intimidade.


Clarice Lispector







Lilya Corneli

15/10/2008

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Praia Bela Vista 15Out08


A Humanidade tem de esquecer para se renovar
Eduardo Lourenço
e__________________aqui

Quero-vos falar de Esperança na Renovação. Na esperança de num futuro que espero próximo, falarmos de SIDA, SEROPOSITIVO ou HIV tão natural.mente como bebermos um copo de água. Mas para que isso aconteça teremos de esquecer o mito.
É o absurdo do temor que transforma a SIDA em algo mais do que uma doença: A SIDA é um mito! Como diriam os chineses dos bons tempos, é um tigre de papel. A SIDA é um mito! "é um tigre de papel".(...)

mié

06/10/2008

O miúdo

Praia da Adraga-06.10.2008




...o miúdo caminhava saltitante pela passadeira de madeira que atravessa a areia em direcção à praia.
nós já fazia-mos o percurso inverso...pela passadeira.
o miúdo parou, ficou especado à nossa frente a olhar para mim com ar de interrogação, depois olhou para nós de braço dado, e... havia uma bengala.
o miúdo voltou a olhar para nós, abriu um sorriso, um grande sorriso, fez um ohh des.dramático, pediu desculpa e ultrapassou-nos pela areia. foi um encontro de segundos mas bastante significativo...

uns dias antes, na caixa prioritária do supermercado estava mais fila que em qualquer das outras caixas, mas ninguém que fosse prioritário. Ela pediu licença e um senhor indignado disse: assim é bom, é só pegar numa bengala...


_________e lá foi o miúdo com aquele ar feliz que os miúdos mostram quando estão felizes.


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04/10/2008

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os olhos choram porque o que o coração vê.



ftg.antonio manuel pinto silva-olhares

01/10/2008

Tentativas para um Regresso à Terra ___a dois

Tentativas para um Regresso à Terra-mié.colagens
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caminhamos ainda


sabemos que deixou de haver tempo para nos olharmos
a fuga só é possível dentro dos fragmentados corpos
e um dia......quem sabe?
chegaremos
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Al Berto
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