17/02/2009

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Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas às urgentes perguntas que te fiz.
Deixa-me ser feliz assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto o nosso amor durou.
Mas o tempo passou, há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga


Nights in White Satin - The Moody Blues

3 comentários:

  1. Queremos esquecer a amargura.
    Temos sempre aspiração à felicidade.

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  2. outro. de imenso....tão imenso como a tua generosidade....


    muito!

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  3. Há perguntas que só devem ser respondidas no passado...no presente têm o sabor do sal das lágrimas que já secaram.
    Obrigada pelas palavras deste poema.

    Morgana

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